FEST – Fundação Espírito-santense de Tecnologia

963 – Projeto de extensão visa impulsionar a fruticultura na região norte do Espírito Santo

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), está promovendo o Projeto de Extensão denominado “Implantação e Desenvolvimento da Fruticultura na Região Norte do Espírito Santo”. Este projeto, liderado pelo Professor Dr Moises Zucoloto, do Departamento de Agronomia da UFES, visa catalisar o potencial agrícola da região, especialmente no que diz respeito à fruticultura. A Região Norte do Espírito Santo tem se destacado como um terreno fértil para o cultivo de diversas frutas devido a uma combinação de fatores favoráveis. Diferentes tipos de solos e condições climáticas diversas oferecem oportunidades para a implementação de uma ampla variedade de cultivos frutíferos. Além disso, a predominância da agricultura familiar na região torna a fruticultura uma opção especialmente atrativa, oferecendo uma alternativa sustentável às atividades agrícolas tradicionais, como a cafeicultura e a pecuária. O projeto, que conta com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes), tem como objetivo central a instalação de Unidades de Referência Tecnológica (URTs) em 26 municípios da região Norte do estado. Estas URTs servirão como centros de assistência técnica e científica, fornecendo orientação e apoio aos produtores locais. O Professor Moises Zucoloto destaca a importância deste projeto, ressaltando sua semelhança com iniciativas anteriores na região do Caparaó, porém com um escopo expandido, abrangendo um maior número de municípios. As URTs instaladas no Caparaó já têm mostrado resultados positivos, impulsionando a produção e a qualidade dos frutos na região, e agora espera-se que essa experiência bem-sucedida seja replicada no Norte do Espírito Santo. Os municípios beneficiados pelo projeto estão distribuídos em três microrregiões: Centro-Oeste, Nordeste e Noroeste. Em cada um desses municípios, dois produtores rurais serão selecionados para participar das atividades de capacitação e receber assistência direta. Isso totalizará 52 produtores beneficiados pelo projeto. Além disso, está prevista a melhoria da infraestrutura dos locais estratégicos, como o Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes/Ufes) e os Institutos Federais em Barra de São Francisco, Montanha e Itapina, onde serão realizadas as capacitações. Em resumo, o Projeto de Extensão “Implantação e Desenvolvimento da Fruticultura na Região Norte do Espírito Santo” representa uma importante iniciativa para explorar o potencial agrícola da região, promovendo a diversificação e o crescimento sustentável do setor frutífero, além de fortalecer a agricultura familiar e impulsionar a economia local. Com a colaboração de diversas instituições e o engajamento dos produtores locais, espera-se que este projeto traga benefícios significativos para a comunidade e para o desenvolvimento regional como um todo. Projeto 963 Texto: Vanessa Pianca

961 – UFES E FEST avaliam eficácia de produto orgânico foliar em Café Conilon

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e a ICL América do Sul, iniciou um inovador projeto de pesquisa focado na avaliação da eficiência de aplicação e da eficácia de um produto orgânico foliar. A pesquisa, liderada pelos professores Dr. Antelmo Ralph Falqueto e Dr. Edney Leandro da Vitória do Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas (DCAB) do Centro Universitário Norte do Espirito Santos (CEUNES) da UFES, conta com a participação de três estudantes de iniciação científica e um aluno de mestrado em Agricultura Tropical. O café é uma das principais commodities agrícolas do Brasil, destacando-se como o maior produtor e exportador mundial. Em 2019, o Espírito Santo produziu aproximadamente 10,5 milhões de sacas de café Conilon (Coffea canephora), correspondendo a cerca de 78% da produção nacional, solidificando sua posição como maior produtor dessa espécie no Brasil (CONAB, 2020). A cafeicultura é, portanto, uma atividade vital para a geração de empregos, tributos e de receitas. A produção de mudas saudáveis e vigorosas é essencial para formar cafeeiros produtivos. No café Conilon, a propagação assexuada representa cerca de 90% das mudas produzidas, garantindo características homogêneas e desejáveis, como copa bem formada, ramos produtivos vigorosos, colheita uniforme e resistência a doenças (FILHO et al., 2019; FILHO et al., 2021). O principal objetivo deste projeto é avaliar a eficácia de um produto orgânico foliar nas respostas ao estresse térmico e oxidativo em mudas e plantas de café Conilon. Os objetivos específicos incluem: Avaliar a eficácia do produto nas respostas ao estresse térmico e oxidativo. Avaliar o potencial de adesão do produto nas folhas das mudas. Analisar a qualidade da pulverização por meio do percentual de área coberta, densidade de gotas e diâmetro de gotas. Estabelecer relações entre a eficácia e a eficiência da distribuição do produto nas folhas de café Conilon. Para avaliar o espectro de gotas da calda, serão utilizadas etiquetas de papel hidrossensível, e inicialmente será empregada água misturada com o traçador Azul Brilhante, detectado por absorbância em espectrofotometria (Vitória et al., 2018). Posteriormente, o mesmo procedimento será realizado com o produto comercial. As etiquetas serão digitalizadas e analisadas quanto à cobertura, espectro e densidade de gotas pelo software Image Tool versão 3®. Serão avaliados parâmetros como diâmetro da mediana volumétrica (DMV), amplitude relativa (AR), densidade de gotas (DEN) e cobertura (COB). A fluorescência da clorofila será medida utilizando um fluorômetro portátil, com análises registradas e avaliadas de acordo com o teste JIP. As análises de fluorescência serão realizadas a cada 15 dias até o final do experimento. O crescimento das plantas será avaliado semanalmente, e ao final do experimento, será realizada a análise química de cálcio nas folhas. Resultados As conclusões apresentadas abaixo são apenas “observacionais” e momentâneas dado que as análises estatísticas serão realizadas após a segunda aplicação. Em termos de tecnologia de aplicação, segue que: Aumentando a taxa de aplicação (volume de calda) há maior possibilidade de escorrimento do produto em função de gotas grandes que se agregam A taxa de aplicação de 500 L ha-1 é excessiva em termos de cobertura e densidade de gotas Independente da taxa de aplicação a ponta do tipo cone vazio proporciona melhor distribuição do produto no alvo, formando uma “película” uniforme do produto Para uma  proteção fotoquímica efetiva é necessário aplicação do produto pelo menos a cada 30 dias Há necessidade de o estudo ser replicado em condições diferentes: aplicação com pulverizador tratorizado, diferentes estágios de desenvolvimento da cultura e com mistura em calda com outros produtos. Segundo o coordenador do projeto, Prof. Dr. Edney “O Projeto apresentou resultados importantes e aplicáveis do ponto de vista prático, a partir de agora há uma indicação clara de quais as melhores configurações, regulagens dos equipamentos de aplicação e doses do protetor solar e biofertilizante que devem ser utilizadas que aumentam a eficácia dos resultados com maior eficiência e qualidade na deposição das gotas do produto nas folhas. Outro ponto que não pode ser ignorado é a parceria público-privada, no caso do projeto ambos foram beneficiados, a Empresa agregou ao portfólio do produto dados técnicos com bases científicas e metodológicas e a Universidade formou recursos humanos de qualidade e um banco de dados robusto para análise e publicações científicas consistentes”. Este projeto contribuiu significativamente para a melhoria da eficiência e eficácia da aplicação de produtos orgânicos na cafeicultura, proporcionando uma melhor adaptação das plantas às condições ambientais adversas e promovendo uma cafeicultura mais sustentável e produtiva. A UFES, juntamente com a FEST e a ICL América do Sul, reafirma seu compromisso com a inovação e o desenvolvimento sustentável na agricultura. Projeto 961 Texto Vanessa Pianca

1177 – Projeto de conservação ex situ da Palmeira Juçara na Bacia do Rio Doce

 Desenvolvimento e Implementação de Estratégia de Conservação Ex Situ de Euterpe Edulis: Uma Alternativa de Sustentabilidade Socioeconômica e Ambiental na Bacia do Rio Doce A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), com apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e do Fundo Brasileiro da Biodiversidade (FUMBIO), lança o projeto “Desenvolvimento e Implementação de Estratégia de Conservação Ex Situ de Euterpe Edulis”. Coordenado pelo Prof. Dr. Adésio Ferreira, do Departamento de Agronomia  do Centro de Ciências Agrárias e Engenharias (CCAE) da UFES em Jerõnimo Monteiro/ Alegre-ES, o projeto visa promover a sustentabilidade socioeconômica e ambiental da bacia do Rio Doce por meio da conservação da palmeira juçara. A Bacia do Rio Doce, com 98% de sua área inserida na Floresta Atlântica, é um hotspot global de biodiversidade. Euterpe edulis, conhecida como palmeira juçara, é uma espécie-chave deste bioma. A palmeira juçara é crucial para a biodiversidade local e tem potencial socioeconômico, especialmente por seus frutos, que se assemelham ao açaí da Amazônia em valor nutricional e econômico. A palmeira juçara enfrenta ameaças significativas devido à extração ilegal de palmito, que leva à morte das plantas. A conservação ex situ e o uso sustentável dos frutos da juçara são estratégias essenciais para a preservação da espécie e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais. A bacia do Rio Doce, afetada pelo rompimento da barragem de Fundão em Mariana/MG, precisa de iniciativas que promovam a sustentabilidade e mitiguem os impactos ambientais e sociais da mineração. O projeto busca: Entender a diversidade e estrutura genética de populações de E. edulis ao longo da bacia do Rio Doce. Estabelecer um banco de germoplasma ex situ representativo da diversidade genética da bacia. Desenvolver tecnologias de implantação da espécie em diferentes condições ambientais. Distribuir sementes germinadas em áreas prioritárias para a conservação da juçara. Nos primeiros seis meses, será realizado um levantamento das populações locais de E. edulis, com coleta de material biológico ao longo da bacia do Rio Doce. Nos seis meses seguintes, será analisada a diversidade genética das populações, comparando com um banco de dados nacional. O projeto prevê a criação de um banco de germoplasma ex situ e o desenvolvimento de técnicas de plantio e germinação de sementes. Ao longo dos 24 meses, o projeto promoverá a conservação da palmeira juçara, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e socioeconômica da bacia do Rio Doce. Além disso, incluirá treinamento para a equipe de campo e conscientização sobre a importância da conservação da espécie. A FEST, com sua vasta experiência em apoiar projetos de pesquisa e desenvolvimento, reforça a equipe multidisciplinar do projeto. A colaboração com a UFES e o FUMBIO, instituições comprometidas com a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável, é fundamental para o sucesso da iniciativa. Este projeto representa um passo significativo na conservação da biodiversidade da bacia do Rio Doce e na promoção de alternativas sustentáveis para as comunidades locais. A conservação da palmeira juçara pelo uso de seus frutos pode transformar a realidade socioeconômica e ambiental da região, garantindo um futuro mais sustentável para todos. Texto: Vanessa Pianca Projeto 1177

992/994 – FFazenda Experimental do CEUNES: Uma Jornada Rumo à Sustentabilidade Agrícola

  Na busca por promover o desenvolvimento rural sustentável e fortalecer a interação entre o conhecimento acadêmico e os saberes populares, a Fazenda Experimental do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (CEUNES), vinculado à Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), emerge como um farol de inovação e colaboração na região. Sob a liderança do Prof. Dr. Rogério Oliveira Faleiros, do Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas, o projeto ganha corpo com o apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), evidenciando uma visão integrada e sustentável para o futuro da agricultura local. Os objetivos do projeto são vastos, visando desde a integração do conhecimento científico com os saberes tradicionais até a comercialização dos excedentes de produção, resultantes das atividades de ensino, pesquisa e extensão. A sinergia entre diversas áreas do conhecimento, tanto dentro da universidade quanto em parceria com instituições regionais, é o alicerce para a consecução desses objetivos. O programa não apenas busca promover cursos de capacitação para a comunidade acadêmica e externa, mas também visa fortalecer a inserção local e regional da UFES, identificando potencialidades e demandas na região. A comercialização dos produtos excedentes não apenas fortalece a economia local, mas também catalisa a troca de experiências entre produtores e demais interessados, enriquecendo o tecido socioeconômico e cultural da região. Com 14 anos de funcionamento, a Fazenda Experimental do Ceunes já se destaca como uma referência regional e nacional em pesquisas nas áreas de agronomia, ciências biológicas, processamento vegetal, hidráulica e manejo agrícola, entre outras. Localizada em São Mateus, a fazenda ocupa uma área de 196 hectares, dos quais 40 hectares são dedicados à preservação de mata nativa. As ações da fazenda não se limitam apenas ao ambiente acadêmico. Parcerias com a Prefeitura de São Mateus visam estabelecer um viveiro para a produção de mudas de café e pimenta-do-reino, contribuindo diretamente para o fortalecimento da agricultura familiar na região. Além disso, a fazenda investe na capacitação de professores da rede municipal de ensino, ampliando seu impacto educacional para além dos muros universitários. O compromisso com a sustentabilidade é evidente não apenas nas pesquisas desenvolvidas, mas também nas próprias práticas da fazenda. Projetos de expansão incluem melhorias na infraestrutura elétrica e sistemas de irrigação, além da construção de instalações para a produção vegetal. O laboratório de análises fitossanitárias, coordenado pelo Prof. Dr Marcelo Barreto da Silva, outro projeto apoiado pela FEST, destaca-se nacionalmente no estudo e combate aos nematoides, garantindo a qualidade e a saúde das culturas agrícolas da região. A Fazenda Experimental do Ceunes é mais do que um espaço de pesquisa agrícola. É um centro de convergência entre conhecimento científico, práticas tradicionais e inovação tecnológica, guiado pelo compromisso com a sustentabilidade e o desenvolvimento regional. Com uma visão holística e colaborativa, esse projeto ilumina o caminho para uma agricultura mais justa, eficiente e ambientalmente responsável. Texto: Vanesssa Pianca Projeto 992 e 994

491 – Projeto Fitorremediação: parceria entre FEST, UFES E PETROBRAS para gestão ambiental

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em colaboração com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e a Petrobras, lideraram um projeto inovador de fitorremediação para lidar com a contaminação por metais pesados no norte do Espírito Santo. Coordenado pelo Prof. Dr. Fábio Pires, da UFES – Campus São Mateus, do departamento de Ciências Agrárias e Biológicas, o projeto visa oferecer uma solução ambientalmente amigável e economicamente viável para os desafios ambientais enfrentados pela região. A necessidade de intervenção surgiu devido a um incidente que resultou na possibilidade de contaminação ambiental dos recursos naturais locais. Especificamente, a presença de bário em ambiente alagado, altamente tóxico para humanos e animais, exigiu ações de remediação urgentes. A fitorremediação emergiu como uma alternativa promissora devido aos seus resultados comprovados em diferentes partes do mundo. O projeto envolveu a implementação, condução e avaliação de experimentos de fitorremediação, com o objetivo de absorver e imobilizar metais pesados no solo e nos efluentes. A equipe técnica multidisciplinar da UFES – Campus São Mateus liderou as atividades de pesquisa, com foco na identificação das espécies vegetais mais adequadas para a remediação da área e sua avaliação quanto à eficiência na descontaminação do solo. RESULTADOS DO PROJETO Segundo o professor Fábio Pires, após cinco anos de pesquisa, o projeto alcançou resultados significativos. Foram identificadas duas espécies vegetais, a Typha domingensis (taboa) e a Eleocharis acutangula (junco), com capacidade comprovada de reduzir os níveis de bário em ambientes alagados. Essas descobertas não apenas contribuem para a gestão ambiental da região, mas também abrem caminho para a replicação dessas práticas em áreas semelhantes de contaminação. Um dos diferenciais do projeto é a validação a campo dos resultados obtidos em condições controladas. Após avaliações preliminares em condições controladas, três experimentos de campo bem-sucedidos confirmaram a eficácia das técnicas de fitorremediação, refinando ainda mais as informações obtidas. Além disso, os principais resultados, provenientes de quatro dissertações de mestrado orientadas durante a condução do projeto, foram publicados em revistas de alto impacto, garantindo sua disseminação e reconhecimento pela comunidade científica internacional. O projeto não apenas cumpre condicionantes ambientais e promove a remediação da área afetada, mas também fortalece as parcerias entre instituições acadêmicas e empresas como a Petrobras. Além disso, abre novas oportunidades de pesquisa e envolvimento de alunos de pós-graduação e graduação em áreas relacionadas à agricultura tropical e à mitigação de danos ambientais. “A fitorremediação não é apenas uma técnica, mas sim um compromisso com a sustentabilidade e a preservação dos recursos naturais. Ao trabalharmos em colaboração, exploramos o potencial das plantas para restaurar ecossistemas comprometidos, proporcionando não apenas benefícios ambientais, mas também oportunidades de pesquisa e desenvolvimento para as gerações futuras.” – Professor Fábio Pires. O compromisso da FEST, UFES e Petrobras com a sustentabilidade e a gestão ambiental responsável é evidenciado por iniciativas como o projeto de fitorremediação. Ao promover práticas de remediação eficazes e econômicas, o projeto contribui para a preservação dos recursos naturais essenciais para a vida no planeta, notadamente solo e água. Em um momento em que a proteção do meio ambiente é crucial, a área de fitorremediação se destaca como uma solução valiosa e replicável para desafios ambientais complexos. Texto: Vanessa Pianca Projeto 491

975- Projeto de infraestrutura tecnológica impulsiona reflorestamento da Mata Atlântica no Espírito Santo

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) se une à Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) para impulsionar um projeto de grande relevância ambiental e social: a construção de infraestrutura tecnológica para produção de mudas destinadas ao reflorestamento da Mata Atlântica. Sob a liderança da Profa. Dra. Diolina Moura Silva, do Departamento de Ciências Biológicas do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN), o projeto está vinculado ao Instituto Tecnológico da UFES (ITUFES) e visa fortalecer o Plano ABC+ do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) através da abordagem integrada da paisagem em propriedades rurais, com ênfase na implementação de infraestrutura tecnológica para produção de mudas das principais espécies nativas da região. A recuperação florestal é crucial não apenas para a conservação da biodiversidade, mas também para mitigar os impactos das mudanças climáticas e promover o desenvolvimento rural sustentável. A Mata Atlântica, um dos biomas mais biodiversos do mundo, enfrenta sérios desafios devido à degradação causada pela expansão agrícola e urbana. Com apenas 12,5% de sua cobertura original preservada, a urgência em restaurar e proteger esse ecossistema é evidente. O projeto liderado pela UFES tem como objetivo principal a implementação de infraestrutura tecnológica para a produção de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, visando subsidiar a recomposição florestal. A ampliação da área técnica de infraestrutura existente permitirá o escalonamento das ações de implementação dos viveiros, fortalecendo programas de pós-graduação como o PPGBV e o PPGBiotec. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA: Além da importância ambiental, o projeto busca promover o desenvolvimento agrícola sustentável, envolvendo as comunidades locais. A seleção das espécies a serem cultivadas leva em consideração não apenas seu papel na manutenção dos ecossistemas, mas também seu potencial econômico. Ações de capacitação serão oferecidas para formar multiplicadores em manejo sustentável, visando a compreensão e participação ativa das comunidades na restauração ecológica. A infraestrutura de produção de mudas, localizada no Campus da UFES em Goiabeiras, Vitória, será um importante centro para a promoção da sustentabilidade no agronegócio capixaba. Espera-se que o projeto não apenas contribua para a recuperação da Mata Atlântica, mas também gere impactos positivos em termos de emprego, renda e conscientização ambiental. O projeto de construção de infraestrutura tecnológica para produção de mudas destinadas ao reflorestamento da Mata Atlântica, liderado pela UFES em parceria com a FEST, representa um passo significativo em direção à promoção do desenvolvimento sustentável no Espírito Santo. Ao unir conhecimento científico, tecnológico e participação comunitária, essa iniciativa demonstra o compromisso das instituições envolvidas com a conservação ambiental e o bem-estar das gerações futuras. Projeto 975 Texto: Vanessa Pianca

1144- Projeto de Pesquisa FUNbio – Fauna Ictiofauna Rio Doce: Um Plano de Manejo para a Conservação da Libélula Nathaliagrion Porrectum

O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBio) com apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) estão liderando um importante projeto de pesquisa em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo e a Universidade Federal do Pará. Sob a coordenação da Professora Dra Karina Furieri, do Departamento de Ciências Agrárias da UFES, o Projeto conhecido como “Um Plano de Manejo para  a Conservação da Libélula Nathaliagrion porrectum (Hagen In Selys, 1876)”, tem como objetivo central a elaboração de um plano de manejo para a conservação da libélula das bromélias Nathaliagrion porrectum. A Nathaliagrion porrectum é uma espécie endêmica do norte do Espírito Santo, ameaçada de extinção devido a diversas perturbações em seu habitat natural. O projeto busca coletar informações cruciais sobre a espécie, desde sua distribuição até a dinâmica populacional, passando pela descrição de sua larva e identificação das espécies de bromélias que utiliza como habitat. Além disso, visa estabelecer protocolos de cultivo e criação ex situ, produzir material de divulgação científica e, por fim, elaborar um plano de manejo para sua conservação. A importância da preservação da Nathaliagrion porrectum reside na sua condição de espécie ameaçada e na representatividade que tem para o ecossistema local. Com a Mata Atlântica já severamente fragmentada, a conservação dessa espécie se torna uma prioridade para a manutenção da biodiversidade regional. Segundo Karina, foram incluídos a pedido da FUNBio, mais três espécies “A Fredyagrion capixaba, Telebasis vulcanoe e Hetaerina curvicauda, além da descrição da larva e da fêmea de Fredyagrion capixaba. Além disso, o projeto se propõe a conciliar conservação ambiental com desenvolvimento econômico, promovendo ações educacionais e gerando renda sustentável por meio do manejo de bromélias nativas.” pontuou O projeto envolve diretamente a FEST, as universidades parceiras, proprietários rurais, comunidades quilombolas e órgãos ambientais como o ICMBio e o IEMA. Busca-se o diálogo constante com todas as partes interessadas, visando uma abordagem participativa e integrada na execução das atividades. O principal objetivo do projeto é elaborar um plano de manejo eficaz para a conservação da Nathaliagrion porrectum, visando reduzir o risco de extinção dessa espécie tão importante para o ecossistema local. Objetivos Específicos do Projeto: Verificar a distribuição potencial da espécie. Avaliar a dinâmica populacional da libélula das bromélias. Descrever a larva da Nathaliagrion porrectum. Identificar as espécies de bromélias utilizadas pela espécie. Estabelecer protocolos de cultivo e criação ex situ. Produzir material de divulgação científica para educação ambiental. Elaborar o plano de manejo para a conservação da espécie. Com a duração prevista de 24 meses, o Projeto busca não apenas gerar conhecimento científico, mas também promover ações concretas para a conservação e preservação do habitat da libélula Nathaliagrion porrectum. Projeto 1144 Texto: Vanessa Pianca

460 – Caça aos Nematóides: Pesquisa Inovadora para Proteger Cafeicultores

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) atuou juntamente com o Professor Marcelo Barreto da Silva em uma pesquisa inovadora para combater uma ameaça silenciosa que assombra as plantações de café na região: os nematóides. Esses parasitas microscópicos, capazes de contaminar o solo de forma permanente, têm potencial devastador, destruindo lavouras inteiras e prejudicando a produtividade agrícola. A cultura do café, uma das principais fontes de receita para muitos agricultores capixabas, temem a infestação da lavoura por nematóides. As fêmeas juvenis desses parasitas penetram nas raízes, desencadeando um ciclo reprodutivo que pode resultar na destruição das plantações. Não apenas o café, mas também outras culturas, como pimenta do reino e mamão, também enfrentam riscos significativos. O pesquisador do projeto, Professor Marcelo Barreto da Silva, lidera uma equipe numa iniciativa abrangente para entender e conter a propagação desses nematóides. A pesquisa envolve a condução de ensaios de campo, uma abordagem prática para estudar a eficácia de diferentes estratégias de controle. Segundo Marcelo, a melhor forma de controle é a prevenção da presença do nematoide no início dos plantios. “Neste sentido é fundamental, para aquelas culturas que são propagadas por mudas, como café, pimenta-do-reino, goiaba, banana e mamão, fossem feitas avaliações das mudas antes do plantio.” Destacou. Um dos desafios mais prementes enfrentados pelos cafeicultores é a dificuldade em detectar a infestação em estágios iniciais. Muitas vezes, a ação silenciosa dos nematóides faz com que os produtores demorem a perceber a presença do parasita. Os ensaios de campo liderados pela FEST buscam não apenas soluções eficazes de controle, mas também métodos aprimorados de detecção precoce. Desde 2013, uma portaria do Ministério da Agricultura tornou obrigatória a análise de amostras de mudas em todos os viveiros de café. A pesquisa desempenha um papel crucial na implementação e aprimoramento dessas análises, garantindo que as mudas estejam livres da presença de nematóides antes de serem plantadas, em conformidade com as normativas. “Os primeiros resultados dos ensaios de campo são promissores, indicando possíveis estratégias para o controle eficaz dos nematóides na cultura do café.” Finalizou Marcelo. No entanto, os pesquisadores reconhecem que há desafios significativos a serem superados e que o trabalho é contínuo. A pesquisa não apenas visa proteger as plantações de café, mas também destaca a importância da inovação e da pesquisa na resolução de desafios agrícolas complexos. À medida que a pesquisa avança, a FEST reafirma seu compromisso de continuar inovando para criar soluções duradouras que beneficiem não apenas os cafeicultores, mas toda a comunidade agrícola. A caça aos nematóides é mais do que uma pesquisa; é um testemunho do papel vital que a ciência e a tecnologia desempenham na construção de um futuro mais sustentável para a agricultura brasileira.   Projeto 460 Texto: Vanessa Pianca

1081- FEST participa do workshop do ministério da agricultura para desenvolver plano FLORESTA+SUSTENTÁVEL

Com o objetivo de impulsionar a economia florestal no Brasil e promover a sustentabilidade ambiental, a Fundação Espírito-Santense de Tecnologia-FEST a convite do Ministério da Agricultura e Pecuária, por meio da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI), em parceria com a Agência de Cooperação Alemã GIZ, participou de um workshop estratégico para a criação do Plano Floresta + Sustentável (F+S). O evento reuniu, além da FEST, representantes de diversas instituições públicas, organizações privadas, e do terceiro setor, para discutir ações que fortaleçam a economia de base florestal em todo o país e abordaram questões cruciais relacionadas à produção florestal e à sustentabilidade ambiental. O workshop realizado em Brasília trouxe à tona a importância de promover a economia florestal no Brasil em consonância com os princípios de sustentabilidade e conservação ambiental. O Plano visa atuar em três eixos temáticos principais: Florestas Plantadas, Economia Florestal e a Rede Floresta + Sustentável. O foco é estimular o aumento da produção florestal, apoiar a recuperação de vegetação nativa em unidades de produção agropecuária e fortalecer as cadeias produtivas. A engenheira ambiental e pesquisadora em Ciências Florestais pelo Núcleo de Tecnologia e Inovação-NTI da FEST, Eliane Araújo, destacou que vê uma forte sinergia da atuação da FEST com a proposta de elaboração do Plano Floresta + Sustentável (PFS), que foi discutida neste Workshop. “Ambos visam promover o desenvolvimento regional sustentável, por meio da agenda florestal e agroambiental, trazendo benefícios econômicos, sociais e ambientais. É gratificante que a experiência e o conhecimento da FEST neste tema serão incorporados ao grupo de trabalho para a construção do PFS, trazendo contribuições relevantes a partir do que já vem sendo realizado no âmbito do Programa Nordeste + Sustentável e do Plano Nacional de Recuperação Florestal para promoção do Desenvolvimento Rural Sustentável”. Finalizou O workshop representou um passo significativo na direção de uma economia florestal mais robusta e sustentável no Brasil. À medida que o Plano Floresta + Sustentável avança, espera-se que ele tenha um impacto positivo na conservação ambiental, na geração de empregos e no desenvolvimento econômico do país, alinhado com a visão de um Brasil comprometido com a sustentabilidade. Para mais informações sobre o Plano Floresta + Sustentável e suas próximas etapas, visite o site da Fundação Espírito-santense de Tecnologia – FEST. Projeto 1081 Texto Vanessa Pianca

968/969/970 – SICAR – Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural

No final de 2021, a Universidade Federal do Espírito Santo – UFES assinou uma parceria com o Serviço Florestal Brasileiro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SFB/MAPA através do TERMO DE EXECUÇÃO DESCENTRALIZADA Nº 02/2021, com o seguinte objeto: Execução de projeto de pesquisa, inovação, ciência de dados, desenvolvimento geotecnológico, capacitação e transferência tecnológica para suporte e manutenções evolutivas, corretivas e adaptativas da Plataforma do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SICAR) com vistas a efetivação do Código Florestal Brasileiro, incluindo a produção e a gestão de bases de dados geoespaciais de referência. A execução deste projeto de pesquisa está vinculada ao Instituto Tecnológico da UFES – ITUFES, tendo por objetivo promover o desenvolvimento e inovação para efetivação do Código Florestal Brasileiro, por meio de suporte e manutenções evolutivas, corretivas e adaptativas da Plataforma do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SICAR), com intuito de promover a Capacitação e Transferência Tecnológica em Ciência e Governança de Dados. Tendo em vista a complexidade deste projeto de pesquisa e para uma maior eficiência no seu desenvolvimento o objeto da TED 02/2021 foi dividido em três Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P, D&I). PROJETO 969: Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) na Área de Geotecnologias para a efetivação do Programa Regularização Ambiental (PRA) e Monitoramento de Passivos e Ativos de Vegetação. Objeto do Projeto: Execução de projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P, D&I) para efetivação do Código Florestal Brasileiro, por meio de suporte e manutenções evolutivas, corretivas e adaptativas da Plataforma do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SICAR), com intuito de promover a Regularização Ambiental e Monitoramento de Passivos e Ativos de Vegetação. Este P, D&I tem as seguintes metas: i) Desenvolvimento de meios para apoio à implementação dos processos de Regularização Ambiental e de Pagamentos por Ativos Ambientais, em atendimento ao disposto na Lei n° 12.651/2012 e regulamentos, a partir do tripé pesquisa/inovação/geotecnologias, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da agropecuária no Brasil. Exemplos de necessidades: gestão de Termos de Compromisso de Regularização Ambiental, gestão de compensação de Reserva Legal, gestão de Cotas de Reserva Ambiental e gestão de cadastros pós-análise; ii) Desenvolvimento de meios para o apoio à implementação do processo de Monitoramento de Passivos e Ativos Ambientais, garantindo o acompanhamento da dinâmica de uso e cobertura do solo dos Cadastros Ambientais Rurais, com vistas ao apoio à fiscalização e a assistência técnica junto aos órgãos estaduais competentes, em atendimento ao disposto na Lei 12.651/2012 e regulamentos, a partir do tripé pesquisa/inovação/geotecnologias, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da agropecuária no Brasil. O projeto justifica-se porque a área de Geotecnologia é composta por soluções em hardware e software que juntas constituem poderosas ferramentas tecnológicas para tomada de decisão. Estas ferramentas tecnológicas são capazes de incorporar o comportamento espacial de elementos presentes na superfície do planeta ao processo de geração de informações sobre eles, através da sua localização, extensão e formato. A execução deste Projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P, D&I) em ferramentas tecnológicas na área de Geotecnologias, tem como principal foco a efetivação do Código Florestal Brasileiro com o objetivo promover a Regularização Ambiental e o Monitoramento de Passivos e Ativos de Vegetação com eficácia, efetividade e eficiência. PROJETO 970: Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P, D&I) na Área de Geotecnologias para a Produção de Bases Cartográficas de Referência e Sustentação da Plataforma SICAR. Objeto do Projeto: Execução de projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P, D&I) para efetivação do Código Florestal Brasileiro, por meio de suporte e manutenções evolutivas, corretivas e adaptativas da Plataforma do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SICAR), com intuito de promover a produção de Bases Cartográficas de Referência e sustentação da Plataforma SICAR. Este P, D&I tem as seguintes metas: i) Produção de bases de referência para a solução tecnológica da Análise Dinamizada do CAR, conforme o documento “Orientações gerais sobre as Bases de Referência para a Solução da Análise Dinamizada do Cadastro Ambiental Rural” presentes na Nota Técnica conjunta SFB/MAPA, publicada em junho de 2021 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA e catalogada na Fonte Biblioteca Nacional de Agricultura – BINAGRI, e orientações da Portaria nº 121/MAPA de 12 de maio de 2021, a partir do tripé pesquisa/inovação/geotecnologias. ii) Desenvolvimento de meios para o apoio à sustentação da plataforma SICAR, incluindo a elaboração e implementação, sob coordenação do SFB, de um Plano Estratégico de Sustentação do SICAR que contemple, entre outras, ações de mitigação de risco à interface com Unidades Federativas que possuem receptor próprio, bem como ações de correção, prevenção, adaptação e evolução das funcionalidades existentes no SICAR, a partir do tripé pesquisa/inovação/geotecnologias, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da agropecuária no Brasil. Exemplos de funcionalidades que necessitam de ações de evolução: Análise Dinamizada, Retificação Dinamizada, Análise de Equipe, Central do Proprietário/Possuidor, Relatórios e Consulta Pública do CAR. Faz-se necessário neste projeto de pesquisa o desenvolvimento de meios para o apoio à sustentação da plataforma SICAR, incluindo a elaboração e implementação, sob coordenação do SFB, de um Plano Estratégico de Sustentação do SICAR que contemple, entre outras, ações de mitigação de risco à interface com Unidades Federativas que possuem receptor próprio, bem como ações de correção, prevenção, adaptação e evolução das funcionalidades existentes no SICAR, entre outras ações que surgirem ao longo do desenvolvimento da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P, D&I). Exemplos de funcionalidades que necessitam de ações de evolução: Análise Dinamizada, Retificação Dinamizada, Análise de Equipe, Central do Proprietário/Possuidor, Relatórios e Consulta Pública do CAR, a partir do tripé pesquisa/inovação/geotecnologias, contribuindo desta forma para o desenvolvimento sustentável da agropecuária no Brasil. Com esta abordagem, a execução deste Projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P, D&I) em ferramentas tecnológicas na área de Geotecnologias, bem como em ações de correção, prevenção, adaptação e evolução das funcionalidades existentes na Plataforma do SICAR, tem como principal foco a efetivação do Código Florestal Brasileiro com o objetivo promover a produção de Bases Cartográficas de Referência e a sustentação da Plataforma SICAR com eficácia, efetividade e eficiência. PROJETO 968: Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P, D&I) em Ciência … Ler mais